volta com os pés cansados de sal e de sol
as linhas do seu rosto contam por onde andou
trouxe consigo as asas cansadas do voo distante
da procura, do encontro, do fim e do recomeço
.
ele se sabia uma criatura de asas, não raízes
se sabia livre e alto, filho pródigo do azul
suas paixões, aves migratórias sem destino
as borboletas no estômago, o seu norte, o seu sul
.
fez das nuvens de chuva o seu alimento
transformou o infinito em sua cidade
agora volta para casa com calma e alento
na caminhada sem fim pelo céu da eternidade