6.7.13

liberdade flutuante


olho a liberdade que flutua fora da minha janela
vejo os pássaros verdes que viajam com o vento
sinto o sopro livre das suas asas em meu rosto
eles irão para onde vai o tempo
pego a flor amarela que gravita para dentro do meu quarto
traz a memória das raízes, do lento germinar da semente
devolvo-a de volta ao vento 
ele que a sopre para o útero da terra quente
olho então para a nuvem que vagueia pelo azul
onde o branco se dissolve em torrente 
que cada gota de chuva fosse eu
levada na asa do pássaro
no coração da flor
para um lugar distante
para longe
para sempre

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