Nota: Este pequeno texto nasceu de um comentário que fiz no blog das Avassaladoras Rio.
Os podres poderes de Hércules são muito perigosos. Se formos pensar com calma e paciência, logo os descobriremos como a fonte do Mal Maior que mastiga a nossa sociedade mole; devassada taba global. Podemos chama-la antes de um Olimpo com colunas pichadas de esperteza maquiavélica, cobiça infeliz e uma vergonha nunca clamada. Um Olimpozinho infestado de Hércules com fomes vigaristas.
Imaginemos todo o processo de corrosão de sociedades e almas como uma piramidezinha nefasta. Lá de cima, o poderoso rouba, compra e se vende. Trai. Um pouco mais embaixo, mas não muito, o menos poderoso o imita como um macaco prentensiosamente esperto, seguindo a tradição em mandala descendente. Enfim, o ácido chega ao Miserável Mortal, a base esmagada da pesada pirâmide, que, por falta de sorte ou karma infeliz, nasceu preso a esse jardim devassado, onde nem mais as Espérides se preocupam em tomar conta. A maçã dourada, facilmente roubada por um Hércules corrupto, apodreceu e, nem por sonhos, o Miserável Mortal viu sequer o caroço.
Esses Hércules, entre os outros deuses e semideuses, prostados no Olimpo decadente, carecas, gordos, e com as vestes empalhadas em patacas, se empanturram do néctar podre, feito com maçãs douradas igualmente podres. Acredita-se que, ofuscados pelo brilho dourado, muitos perdem o sensato paladar, tornando-se incapazes de se repugnar pela podridão deglutida.
A cada gole, a miséria desce em chuva fedorenta sobre o mundo triste que se condena abaixo das nuvens escuras do Olimpo depravado. Assim, certo é que, cedo de mais ou tarde de menos, o Miserável Mortal sempre morre de fome, tiro ou desesperança. Em desespero visceral, o morto de fome e de espírito alimenta-se na carne dos outros mortais miseráveis, companheiros de má fortuna, sem nunca saber o gosto ou o cheiro do gomo de maçã dourada, que é também seu por direito. Também perdeu o paladar da razão.
Bem dizia a boa e velha Parca, enxerida e linguaruda, que tudo via e que dizia: existe o ladrãozinho mortal, miserável e infeliz, pois é filho legítimo, e não bastardo, do Hércules bandido e cara de pau, intocável e imortal, que come todas as maçãs de ouro e vende os caroços no mercado negro da impunidade.
Imaginemos todo o processo de corrosão de sociedades e almas como uma piramidezinha nefasta. Lá de cima, o poderoso rouba, compra e se vende. Trai. Um pouco mais embaixo, mas não muito, o menos poderoso o imita como um macaco prentensiosamente esperto, seguindo a tradição em mandala descendente. Enfim, o ácido chega ao Miserável Mortal, a base esmagada da pesada pirâmide, que, por falta de sorte ou karma infeliz, nasceu preso a esse jardim devassado, onde nem mais as Espérides se preocupam em tomar conta. A maçã dourada, facilmente roubada por um Hércules corrupto, apodreceu e, nem por sonhos, o Miserável Mortal viu sequer o caroço.
Esses Hércules, entre os outros deuses e semideuses, prostados no Olimpo decadente, carecas, gordos, e com as vestes empalhadas em patacas, se empanturram do néctar podre, feito com maçãs douradas igualmente podres. Acredita-se que, ofuscados pelo brilho dourado, muitos perdem o sensato paladar, tornando-se incapazes de se repugnar pela podridão deglutida.
A cada gole, a miséria desce em chuva fedorenta sobre o mundo triste que se condena abaixo das nuvens escuras do Olimpo depravado. Assim, certo é que, cedo de mais ou tarde de menos, o Miserável Mortal sempre morre de fome, tiro ou desesperança. Em desespero visceral, o morto de fome e de espírito alimenta-se na carne dos outros mortais miseráveis, companheiros de má fortuna, sem nunca saber o gosto ou o cheiro do gomo de maçã dourada, que é também seu por direito. Também perdeu o paladar da razão.
Bem dizia a boa e velha Parca, enxerida e linguaruda, que tudo via e que dizia: existe o ladrãozinho mortal, miserável e infeliz, pois é filho legítimo, e não bastardo, do Hércules bandido e cara de pau, intocável e imortal, que come todas as maçãs de ouro e vende os caroços no mercado negro da impunidade.
Querido amigo avassalador...Nossa! Gostei!!!A melhor parte de escrever em um blog é ver a multiplicação das ideias... é a partir dai, que talvez, haja a diminuta possibilidade de vencer os tais "podres poderes"... quanto mais pessoas despertadas para enxergar alem da ação midiatica...
ResponderExcluirBem vindo amigo avassalador... muito sucesso ao blog e seja sempre bem vindo ao nosso espaço avassalador!
oi! obrigada por visitar e comentar no meu blog, também gosto daquelas músicas que vc citou da Carla Bruni. Gostei muito do seu blog, parabéns!
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