Na cegueira de seus pés, ela perdia-se nas ruas noturnas dos seus medos. Esquecida do propósito da fuga daquela cela de ossos, onde seus sonhos ameaçaram morrer, apenas se precipitava pelo vazio, onde o eco dos seus pensamentos perdiam-se no nada. Mas no ventre da escuridão, no momento mais profundo daquela noite sem fim, ela olhou de viés para aquele sopro de luz que lhe tocava o umbigo com dedos de gelo. Aquele tímido incentivo instalou-se em seu íntimo como um bússola de certezas igualmente tímidas, mas certas. E o caminho desenhou-se de olhos fechados...
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