9.5.14

o horizonte do nada


Estiveram juntos naquele tempo impreciso, onde a eternidade parecia caber naquelas pequenas voltas dos ponteiros do relógio, que se multiplicavam em horas, dias, anos, vidas. Foi tempo suficiente para entenderem que a eternidade escorria-lhes pelos dedos, e que estar junto era uma questão de encaixe, de momento, de compasso entre as batidas dos corações e dos espaços deixados entre elas. Entenderam, por fim, que o sempre poderia ser nunca, e o nada poderia ter sido tudo.


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